quinta-feira, 7 de julho de 2011

Dona Virgínia.




Amélia é que era mulher de verdade que nada. Mulher de verdade é essa guerreira que chama Maria Virgínia. Bom, vou contar a historia dela para vcs entenderem do que eu estou falando. Nascida em pleno dia dos namorados, foi a primeira de mais seis que viriam depois. Naceu ela e em seguida a gêmea. Mas isso não vem ao caso. O que vem ao caso é que muito novinha ela se casou a primeira vez. Tinha 19 anos.. em um dia, brincava de pique-esconde em baixo do prédio, no outro, estava lá, vestida de noiva. e em seguida, grávida. Foi uma gravidez complicadinha. dos gêmeos que nem chegaram a nascer. perdeu seus bebês com apenas 4 meses de gravidez. E qnd estava quase conseguindo superar, 7 meses depois, perdeu seu querido marido - Luís entrou no banho e faleceu sem se despedir de sua pequena e tão amada esposinha - de um aneurisma cerebral. A superação foi ainda mais dificil, perder a família que tão nova construi, assim em tão pouco tempo, não é qualquer um que aguenta. Mas conseguiu reunir todas as suas forças eseguir em frente. Foi ai então que o Ricardão, o cara ali de baixo, entrou em cena. Eles se odiaram no começo, mas como muitas vezes do odio, nasce o amor, uma hora aconteceu e pimba, lá estava Dona virgínia grávida outra vez. Não rolou casamento, mas teve que rolar um juntamento, né? Essa gravidez tb foi complicadinha. estava em casa linda e de repente, puff, passava mal e corria pro hospital. repouso total até a melhora e voltava pra casa. estava em casa linda novamente e de repente, puff, passava mal e corria pro hospital. a gravidez seguiu assim, até o sexto mês. foi qnd o lucas nasceu, de 6 meses e meio. o famoso meio quilo. cabia na palma da mão do meu pai e poderia dormir dentro de uma caixa de sapato com todo o conforto do mundo. nem as roupinhas cabiam nele. enrolavam ele nma manta e enchiam de fita adesiva, tadinho. mas o drama nao era esse. Lucas passou 2 meses em uma encubadora, longe da mamãe que não queria ve-lo com medo de perder mais um bebê. Noticia boa? várias. Os 2 meses se passaram e ele teve alta. Aqule pingo de gente, era menor que um rato de laboratório. Mas a Virgínia olhou praquela criança, que sumia dentro das roupas e pensou. isso não vai ficar assim. mas não ai MESMO. e tratou de engordar o menino. Com sua super bomba e muito amor, 1 mês depois, lá estava o trocinho, cheio de dobrinhas espalhadas pelo corpo. VIVA! o tempo se passou, eu nasci (perfeitinha, gracinha), nós crescemos e pimba. lá estava a dona Vírginia novamente, fazendo seu papel de mãe-guerreira. é que assim. o Lucas qnd nasceu, nasceu com algumas complicações e teve sequelas, minimas, mas teve. o probleminha era imperceptivel, mas existia dentro daquela cabecinha. Passou a primeira infância indo a hospitais, fazia exames, eletroencefalograma, tomava remedios controlados que causavam mto sono. impedia-o de prestar atenção na escola e deixava-o cheio de tremedeiras. foi aí que os médicos resolveram suspender a medicação, pois ele já não precisava mais. mas minha mãe foi alertada que ao chegar na adolescencia ele iria fazer amigos, ia querer sair, e aos 14, 15 anos ele provavelmente se interessaria em experimentar bebidas, mas como o remedio ainda estaria fazendo efeito no organismo dele, ele não poderia passar nem perto pelos proximos 10 anos contados a partir da suspensão dos remedios. então, minha mãe decidiu cria-lo em baixo da saia dela. E assim foi feito. td lindo. Até o momento que ele mesmo sentiu a necessidade de se desprender. começou a beber e daí o envolvimento com drogas. só que o Lucas, por ter tido todos os probleminhas que teve, e ter tido que tomar tantos remedios desde de mto cedo, se tornou um dependente quimico ainda na infancia, o que contribuiu mto para a dependencia e o vicio com as drogas. usava de td. e essa guerreira lá sofrendo com seu coração de mãe em frangalhos. meus pais internaram em clinicas e a luta começou. minha mãe presenciando tentativas de suicídio e um forte deprressão. ele largou duas faculdades pela metade e chegou ao fundo do poço. hoje em dia ele tá bem. trabalha, tem seu proprio apartamento e vive normalmente. não existe cura para viciados em drogas. nos chamamos de doentes em recuperação. eternamente. mas vamos vivendo, e ela, com seu coraçãozinho apertado com medo de recaidas, vais vivendo assim. orando sempre. e é por essas e outras que eu a acho mais mulher que a AMÉLIA! Gente, eu amo mto essa mulher, ela é meu total porto seguro. so de saber que ela esta ali, sempre pronta pro q eu precisar, ja me mentenho fortalecida pra crescer e me tornar cada vez mais humana. graças à ela! Te amo mto mãe!





véinha.

2 comentários:

  1. Cara, o que é isso?????? Eu não entendi nada! Vou explicar: como uma mulher que passa por TUDO ISSO consegue ter essa cara serena, linda, jovem e cheia de alegria? Naturalmente, era pra ela ser acabada, horrorosa, triste e deprimida....mas não, ela é forte, ela gosta da vida e ela sabe que essa foi a missão dela aqui na Terra....um SER EVOLUÍDO, só isso! Que história de vida maravilhosa, parabéns Loren pela família fantástica que vc tem! Parabéns Virgínia por ser essa MULHER forte, batalhadora e VENCEDORA (e que, ainda por cima, canta maravilhosamente)! um beijo meu e da Mari....

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  2. Lorena, Linda sua mãe!! Mãe é assim mexeu com as crias elas viram verdadeiras leoas e travam batalhas maiores que elas, e sempre vencem pode ter certeza!!!
    Parabéns pela família linda!!!
    Beijos...

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